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Efeitos nocivos do sistema mediático legado

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Parei dois minutos para pensar nos efeitos nocivos do sistema mediático. Por exemplo: quem conhece Michael Collins? Tentem responder sem ir perguntar ao Google (ou abrir uma enciclopédia, os raros que ainda o fazem).

Pois, o Google ajuda (psttt, eu TAMBÉM tive pedir ajuda ao Google).

Michael Collins foi o primeiro homem a poisar na Lua. Um feito heróico, conduzir aquele pedaço de metal e aluná-lo em segurança. Contudo, Neil Armstrong e, vá, Buzz Aldrin é que foram celebrizados como heróis. Porque meteram o pé na Lua, privilégio que Collins não pode ter?

Não me parece.

Este tipo de efeito decorre de uma perversidade do sistema mediático legado. Três nomes eram nomes demais para caber nas manchetes dos jornais. Procura-se um critério de seleção. A lógica ajuda o jornalista. É por isso que Armstrong, o primeiro pé na Lua, teve muitas mais manchetes que Aldrin, o segundo. E Collins teve infinitamente menos.

Apesar dos 3 terem feito basicamente a mesma coisa. E da a História registar um legado impressionante de Collins, senhor de um currículo na minha opinião mais impressionante que o dos colegas da NASA que viajaram com ele na Apollo 11.

A lente mediática destorce a realidade e só a História, 1 ou 2 gerações depois da poeira assentar, corrige a distorção. (E provoca outra, a da perspetiva do vencedor, mas isso são outro 500.)

Questão prospetiva: o sistema mediático emergente não tem o tipo de condicionantes que moldaram o sistema legado; como irá resultar em situações como esta?

(Publicado primeiro no Facebook. Adaptado para aqui por razões de arquivo.)



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